segunda-feira, 14 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

ESCUTATÓRIA

"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar… Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que… Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor…
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração…
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos…
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança…
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio…
Abrindo vazios de silêncio… Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos…
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir… São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência…
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras… No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia…
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto”.

Rubem Alves 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os Planos de Deus

 
 
É impressionante como Deus cuida do seu povo. A História Bíblica nos traz relatos impressionantes da fidelidade e do amor do Senhor. Ele é um verdadeiro Pai, que cuida de cada um de uma maneira única e singular, sempre pensando em nosso benefício e daqueles que nos cercam. A cada dia fico boquiaberta com o amor do Senhor para conosco! Mesmo quando tudo parece contrário, Deus aparece com o milagre e sempre nos garante a vitória.

Jacó, pai de doze filhos, sem contar as mulheres, tinha José como seu filho preferido e isso causava muita inveja entre os seus 11 irmãos. Ele era um dos filhos mais novos e, culturalmente, ele não deveria ser o preferido; o primogênito, Rubens, é quem deveria ter todas as “regalias”, vamos assim dizer. Para completar a situação, José tinha o dom de sonhar e interpretar os sonhos. Em um destes sonhos, ele via o sol e a lua e mais 11 estrelas se prostrando perante ele. A interpretação era simples e até o seu pai, Jacó ficou meio surpreso: “Quer dizer que eu, sua mãe e seus irmão iremos nos prostrar diante de ti?” (Gn. 37.10.) A fúria dos seus irmãos era tão grande que eles armaram um complô contra ele: “Vamos matá-lo”!, Rubens temeu e deu uma outra sugestão: “Lançaremos ele num poço e diremos ao nosso pai que uma ferra o devorou!” Mas passando uma tropa egípcia, eles resolveram vendê-lo por 26 moedas de prata! José foi dado como morto por seus irmãos ao seu pai, Jacó. José foi entregue a Potifar, chefe do exército do Egito, para ser seu escravo e o servia em sua casa. Por causa de sua sabedoria e unção ganhou a confiança de Potifar. E tudo o que ele tinha, foi entregue nas mãos de José. Mais que um simples escravo, ele era administrador da casa do General. Quando tudo parecia está se encaminhando bem, a mulher de Potifar, começou a seduzi-lo e por não querer trair o novo amigo com sua esposa, foi levado preso e por dois anos esteve lá na cadeia pagando por um crime que não cometeu. José foi levado escravo do Egito, quando tinha aproximadamente 17 anos. Serviu a Potifar com até mais ou menos 27 anos. Potifar o conhecia, sabia da sua conduta, mas mesmo assim, acreditou no falso testemunho da sua esposa e o deixou preso por 2 anos. Mas Deus tem um propósito em todas as coisas que acontecem com os seus amados, e através do dom que Deus o tinha dado, o de interpretar sonhos, ele conseguiu algo que era cobiçado por vários homens naquela época: ser nomeado governador do Egito, a maior potência mundial do período!

Faraó teve um sonho que ninguém soube interpretar (para saber sobre o sonho e a interpretação, leia Gênesis 41). José foi o único que interpretou corretamente aquele sonho e, como prêmio, foi colocado como Governador! Ele estava apenas abaixo de Faraó! Tudo que ele quisesse lhe seria dado! Imaginem um escravo se tornar 13 anos mais tarde Governador de uma grande potência – ele foi nomeado com 30 anos.

José, que passou a chamar-se Zafenate-Paneã, sofreu muito. Foi caluniado, humilhado, vendido pelos seus próprios irmãos! Provavelmente ele sentiu tristeza, saudade, solidão por estar longe do seu pai que tanto o amava, da sua família, dos seus amigos... Não deve ter sido fácil... Mas tudo isso, José sofreu simplesmente para que Deus pudesse livrar sua família e seus descendentes da fome que iria pairar sobre a terra. Sim! Se você leu a interpretação do sonho em Gênesis 41 e se ler os próximos capítulos deste livro, vai ver que houve 7 anos de fome sobre a terra e que nenhuma nação possuía mantimentos a não ser o Egito. E todos os habitantes das redondezas tinham que descer até lá para comprar mantimento. Com Canaã, onde morava a família de José, não foi diferente. Seus irmãos também foram até lá comprar mantimentos e de uma maneira tremenda, Deus dá riquezas, mantimentos e as melhores terras do Egito para seu pai Jacó e as 69 pessoas da sua família que desceram até lá (leia toda a história de José e você saberá de tudo em detalhes!).

Os planos de Deus para José e sua família eram de torná-los prósperos. Caso José não se tornasse Governador do Egito, toda sua família morreria de fome e sede.

Talvez você esteja neste momento passando por momentos de lutas e assolações em sua vida. Talvez você tenha perdido algo que para você é muito importante; ou tudo ao seu redor parece contrário àquilo que você imaginava que seria o certo acontecer, e você acha que será o fim, que não há mais jeito para o seu problema. Talvez, como José, você se sinta rejeitado pelos seus, abandonado por todos numa terra estranha, passando por humilhações, perseguições e calúnias! Se esta é a sua situação, eu tenho algo para lhe dizer: “Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam ao Senhor; daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.” (Rm. 8.28.) No reino de Deus não existe coincidências! Aleluias! Toda sas coisas estão fadadas ao comando do Senhor! Ele é onipotente e onipresente! Ele é quem sabe de todas as coisas. Aconteça o que acontecer ou venha o que vier, ele está com você, e tem nas mãos o controle da situação.

José foi vendido como escravo. Imagine ser rejeitado por seus irmãos! Ser rejeitado é uma das piores situações que o ser humano pode passar. Ser escravo, ainda pior! Trabalhar forçado (tenho o direito de não ter direitos)! Mas ele cria que Deus estava cuidando daquela situação. Ele sempre teve essa consciência. Olhe o que ele disse quando reviu seus irmãos: “Não vos entristeçais, nem vos aborreceis por terem me vendido par cá; porque foi Deus quem me enviou pra cá para conservar a nossa descendência na terra.” (Gn. 45.5,7.) Alguém que não tivesse essa firme confiança no coração declararia lago dessa natureza? Com certeza que não! Ele talvez não tivesse imaginado que chegaria a um posto tão alto, mas ele confiava no seu Deus e cria que tudo que estava acontecendo com ele era fruto da vontade do Pai Celeste para a sua vida.

Pare e pense um pouquinho agora: pense na luta e no problema que você está passando neste momento. Pode ser um luta visível ou pode ser uma luta no seu interior. Algo que apenas você sabe, mas que tem lhe feito pensar que nada mais vai dar certo e que agora é o fim. Pensou? Agora lembre-se do que diz a Palavra do Senhor: “Os Meus caminhos, não são os teus caminhos!”. Você sabe o que lhe espera daqui pra frente? Você sabe o que ele tem preparado para você por meio dessa prova que você está passando? Ele tem algo grande para a sua vida! Tem o melhor para lhe oferecer! Não temas! Apenas descanse e creia que os planos de Deus para a sua vida são maiores do que nós podemos imaginar!

Nos últimos tempos, eu tenho pedido ao Senhor para viver todos os dia da minha vida a Palavra de Romanos 8.28. E tenho conseguido viver melhor! Tenho me preocupado menos e confiando mais no Senhor! Se tudo contribui para o meu bem, então é só esperar e ver o que virá pela frente! O que adiantará “enlouquecer” se Deus está no controle? Se o poder pertence ao Senhor? Se ele abrir a porta, ninguém fecha... Se ele a fechar, ninguém abre! Agindo ele, quem impedirá?

Por maior que seja o seu problema, por maior que seja a sua assolação, a sua luta ou a sua dor, por mais adversa que seja a sua situação, veja uma luz no final do túnel! Veja o plano de Deus para a sua vida. Ele quer lhe colocar em lugares altos, lhe dar dupla honra no lugar da vergonha e lhe fazer triunfar sobre aqueles que lhe perseguem! Então descanse!“Aquilo que o olho não viu, ouvido não ouviu, nem chegou ao coração do homem, é o que Deus tem preparado para aqueles que n’Ele esperam.” (1Co. 2.9.) Espere em Deus e o mais ele fará.

Deus lhe abençoe,

Renata Lima – Primeira Igreja Batista em Pirajá
Colaboradora do portal Lagoinha.com
renatalima5@bol.com.br
Fonte: Lagoinha.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ORGULHO

Muitas vezes não encaramos o orgulho como algo errado: “Eu tenho orgulho de ser brasileiro”. “Eu tenho orgulho de torcer para o São Paulo”. “Eu tenho orgulho de minha família”. É verdade que em muitos destes casos, estamos apenas nos referindo ao sentimento de satisfação que estas coisas nos trazem. Mas no sentido bíblico, orgulho é uma atitude de superioridade em relação aos demais. Isso desagrada a Deus:

Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (Tiago 4.6)

O orgulho pode causar muitos problemas:

- o orgulhoso não pede conselhos, pois acha que pode se virar sozinho;
- o orgulhoso não pede conselhos, pois acha que suas idéias são melhores do que as dos outros;
- o orgulhoso fica irado quando seus “pensamentos superiores” são desafiados;
- o orgulhoso não pede perdão pelos seus erros, pois é difícil para aquele que se considera superior, reconhecer que falhou;
- o orgulhoso tem dificuldade de depender de Deus, pois se considera auto-suficiente (normalmente isso se demonstra numa vida de oração fraca);
- o orgulhoso não pede ajuda para os outros, pois isso significa ter que reconhecer sua incapacidade;
- o orgulhoso pode se tornar tímido ou isolado, pois tem medo do fracasso;
- o orgulhoso normalmente quer ser servido ao invés de servir;
- o orgulhoso pode viver para agradar as pessoas ao invés de agradar a Deus, pois o reconhecimento das pessoas, que alimenta o seu orgulho, se torna algo muito importante;
- o orgulhoso não gosta de perder.
Com esta lista resumida, podemos perceber que o orgulho é uma pedra de tropeço, que nos conduz a vários tipos de práticas pecaminosas. O livro de Provérbios destaca esta realidade:

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. (Pv 16.18)

Diante de tantos problemas e da compreensão de que o orgulho não agrada a Deus, precisamos entender este assunto biblicamente. Vejamos, assim, o que se passa no coração do orgulhoso.

1. O orgulhoso avalia exageradamente a si mesmo.

Quando consultamos o dicionário, vemos que um dos significados da palavra “orgulho” é um ter um elevado conceito sobre si próprio. Em outras palavras, o orgulhoso é aquele que avalia a si mesmo com uma nota muito alta. É aquele que olha para suas próprias virtudes com uma lente de aumento. Por isso, o apóstolo Paulo diz:

“...não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3).

Mas o mundo à nossa volta afirma que devemos elevar nossa auto-estima, considerando nossas capacidades e qualidades, e dizendo para nós mesmos como somos especiais. O problema é que isso leva as pessoas a terem um conceito elevado sobre si mesmas, ou seja, isso alimenta o orgulho. E na medida em que consideramos a nós mesmos como superiores, começamos a olhar para os outros como inferiores.

2. O orgulhoso considera os outros inferiores.

O orgulho faz com que as pessoas considerem a si mesmas como superiores às demais. Desse modo, acreditam que aquilo que têm e fazem é melhor do que aquilo que os outros têm e fazem. A conseqüência natural disso é que o orgulhoso trata os demais como inferiores. Por isso, Paulo afirma que o cristão deve considerar os outros como superiores a si próprios
:
“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.3)

Não se trata de uma tentativa de encontrar nos outros algo melhor do que o que temos. As outras pessoas não precisam ter qualidades superiores às nossas para que as tratemos bem. O que devemos fazer é colocar o bem-estar do próximo como mais importante do que a satisfação dos nossos próprios interesses. Mas para isso acontecer é preciso abrir mão de nossas “qualidades superiores”.

3. O orgulhoso é apegado às suas “qualidades superiores”.

“Mas e se eu realmente for alguém muito especial, com muitas qualidades que me diferenciam dos demais?” “Será que posso ter um conceito elevado sobre mim se realmente eu for bom?” Essas são questões interessantes, pois parece ser algo normal uma pessoa se orgulhar se ela é muito boa em tudo aquilo que faz.
O orgulhoso é alguém apegado às suas “qualidades superiores”. Ele ama tudo aquilo que o torna “superior” aos demais, e tem extrema dificuldade de abrir mão disso. O resultado é que suas escolhas quase sempre são tomadas em função daquilo que lhe satisfaz o ego, ao invés de serem feitas para agradar a Deus e beneficiar o próximo.
Mas a Bíblia nos ensina algo bem diferente. Jesus, sendo Deus, não se apegou a isso, mas dispôs-se a abrir mão de sua glória e humilhou-se a ponto de morrer na cruz (Fp 2.5-11). Ele poderia considerar-se superior à humanidade (porque realmente é superior) e, ao invés de servir, poderia exigir ser servido, adorado e reconhecido. Porém, Ele se dispôs a servir, a ser desprezado e rejeitado.
Esta deve ser a atitude de todo cristão. Deus espera que não sejamos apegados àquilo que temos, mas que estejamos dispostos a abrir mão de todas as coisas para servi-lO e também servir ao próximo.

“outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Pe 5.5,6)

Não importa se temos um mestrado ou doutorado; não importa se somos ricos; não importa se somos influentes e poderosos; não importa se temos alguma habilidade que nos destaca dos demais. Não podemos nos apegar a nada disso, mas devemos sempre estar dispostos a deixar isso de lado por amor a Deus.

4. O orgulhoso não reconhece a generosidade de Deus.

A Bíblia nos ensina que não temos motivo algum para nos orgulharmos, pois tudo aquilo que temos, que aparentemente nos destaca dos demais, vem de Deus:

Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido? (1 Co 4.7)

O orgulhoso é aquele que não percebe a ação abençoadora de Deus sobre sua vida. Ele insiste em acreditar que seu talento, oratória, habilidades físicas, recursos financeiros, etc, pertencem a ele por se tratar de alguém especial, superior aos demais. Ele pensa ter conquistado tudo isso por seu próprio esforço, e assim orgulha-se disso, pois observa que se destacou das outras pessoas. Esse é um grave engano! Tudo o que temos vem de Deus! É Ele quem nos dá todas as coisas! É Ele quem nos faz sobressair! Portanto, a glória não é nossa, mas do nosso gandioso Deus.

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (Efésios 3.20,21)

O orgulho nos leva a querer “roubar” a glória de Deus para nós. Ele nos faz querer ser o foco das atenções. Assim, sigamos o exemplo de João Batista, que “deixou os holofotes” para apontar para Jesus como sendo o centro das atenções:

Convém que ele cresça e que eu diminua. (João 3.30)

E que a glória seja toda do nosso eterno Deus! Amém!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

• Hipocrisia

A DOENÇA cristã!

O que mais existe por aí são pessoas mascaradas e maquiadas aparentando ter uma vida que não é delas, uma personalidade que não existe, etc... Infelizmente o número de cristãos que tem sido atacados por esse vírus mortal tem crescido dentro das igrejas.
Pois é, vamos falar da hipocrisia que nada mais é do que um vício que consiste em aparentar uma virtude e um sentimento que não se tem, unido ao fingimento, falsidade e muitas, muitas, muuuuuitas mentiras!
Pronto, acabamos de descrever rapidamente e com poucas palavras (porém claras e objetivas) o caráter e o perfil de um cristão hipócrita!

"Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lucas 12:1)

O hipócrita vai á igreja.
O hipócrita participa das reuniões de libertação.
O hipócrita vai nas reuniões de busca ao Espírito Santo.
O hipócrita canta, louva e choooooooooooora na busca.
O hipócrita até evangeliza.
O hipócrita, quando fala com o pastor, é "sim senhor" e "não senhor".

Enfim, aparentemente o hipócrita se iguala aos outros cristãos que estão na igreja. Teoricamente o hipócrita e o não-hipócrita fazem as mesmas coisas. A diferença é que o hipócrita não alcança as bênçãos de Deus, porém a maior diferença está POR DENTRO! E é exatamente aí que mora o periiiiiiigo...
O pastor não enxerga o que a pessoa tem por dentro, os obreiros não identificam logo de cára quem é ou não hipócrita, os membros não sabem se na hora da busca ao Espírito Santo a pessoa que está ao seu lado é hipócrita ou não.
O Único que pode enxergar e que sabe o que se passa dentro de todos nós é Deus. Somente Ele nos conhece nos mííííííínimos detalhes. Então não adianta tentar ser oque não é se o Senhor te conhece, porque o objetivo do hipócrita é aparentar ser uma pessoa de fé, que arrebenta, que é de Deus.
Agora peeeeeensa: o fingido quer ser algo diante dos homens, mas o que os homens tem para lhe dar? Não é melhor ser sincero, tirar a capa da falsidade diante de Deus? Somente Deus tem algo para nos dar, e algo sincero, verdadeiro e duradouro!

Sinceridade + Humildade = Santificação!

E se você é um(a) hipócrita e está lendo esse artigo, pense nisso: Não adianta tentar se esconder, SUAS ATITUDES FALAM POR VOCÊ, e elas aparecem sem você nem perceber!!!

"Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser revelado." (Lucas 12:2)

E lembre-se que o quebrantado, humilhado e arrependido sempre será bem vindo diante do Trono de Deus!!!


Na fé, obr. Tami!

Comentário do blog: Que sejamos livres e transparentes  na presença do Senhor, Ele se agrada de um coração puro e veste novas, que nossas atitudes correspondam  as pespectivas do nosso Deus.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Não sinta inveja

 
 
"Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios." Salmo 73:2,3
A inveja é um dos sentimentos mais fingidos que um ser humano pode ter. Fingido porque quem tem inveja, nunca admite, tenta disfarçar mas nunca afirma que está na verdade sentindo inveja.
Mesmo o cristão, não está livre de ter este sentimento. Quantas vezes olhamos para a vida das outras pessoas que não servem à Deus e pensamos:"Ele não faz nada para agradar à Deus e tem tudo o que quer, e eu aqui neste sofrimento..."
Neste momento, o sentimento de inveja se hospeda no coração, misturado com a amargura de não possuir o que os outros possuem.
A inveja é um sentimento muito camuflado, e mesmo quem a sente, mente para si mesmo.
Ela vem sempre acompanhada pela amargura, raiva e tristeza.
Quem sente inveja se torna amargurado por não possuir o que gostaria, apesar de seus esforços. Fica com raiva por ver a prosperidade do próximo, até mesmo daquele que não serve à Deus e enfim cai em tristeza.
Percebe como a inveja é ruim para o coração?
A Palavra de Deus nos ensina a não dissimular esse sentimento: "Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade." (Tiago 3:14)
Se você não consegue se alegrar com o sucesso do próximo, e tem sempre  uma crítica quando vê que alguém está escalando degraus mais altos na vida, você pode estar sendo atacado pela inveja. Não minta para você mesmo: confesse à Deus e livre-se desse sentimento, porque a inveja nunca está sozinha, vem sempre acompanhada.
Asafe, no Salmo 73 declarou que sentia inveja dos que não servem à Deus, quando via que eles prosperavam, mas algo aconteceu e ele disse:"Até que entrei no santuário de Deus: então entendi eu o fim deles."(Salmo 73:17)
Somente depois de entrar na presença de Deus, Asafe compreendeu que ter inveja dos que não servem à Deus, não o levaria à lugar algum, pois os que não servem o Senhor não terão o mesmo destino dos que o servem.
A inveja o amargurou de tal maneira que ele disse:"Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência."(Salmo 73:13)
Não permita que a inveja lhe torne uma pessoa ingrata diante do Senhor, que tem lhe abençoado. A sua vida na presença de Deus não é em vão, o trabalho que você realiza para Deus não é em vão.
O invejoso ainda corre o risco de sofrer por falta de fé, pois passa a não acreditar que o Senhor pode lhe abençoar tanto quanto abençoa aos outros:"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6)
Livre-se da inveja, ela não lhe trará nenhum benefício, e não se esqueça da promessa que o Senhor faz para os que são seus:"Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." (ICoríntios 2:9)
 
Ame a Deus, ame a seu irmão e serás feliz.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amizade com Deus



"A tua relação Comigo não é diferente da relação que as pessoas têm umas com as outras. As vossas interacções começam com uma conversa. Se a conversa corre bem, a amizade surge. E se esta corre bem, as pessoas envolvidas experimentarão um sentimento de Unidade - de comunhão. É exactamente o que acontece Comigo.

Antes de mais nada, temos uma conversa.

Cada pessoa vive as suas conversas com Deus à sua própria maneira - e de diferentes maneiras em diferentes momentos. Será sempre uma conversa bilateral, tal como a que temos neste momento. A conversa pode decorrer "na tua cabeça", ou no papel - ou pode ser uma conversa em que as minhas respostas são mais demoradas, alcançando-te sob a forma da próxima canção que ouves, do próximo filme que vês, da próxima conferência a que assistes, do próximo artigo que lês, ou da frase ocasional de um amigo que encontras "por acaso" na rua. A partir do momento em que compreendes que estamos em permanente diálogo, é possível avançar para uma amizade."

Do livro "Amizade com Deus"
Neale Donald Walsch